Capítulo 14 - Preparativos 2

Falta uma semana para o meu casamento, o tempo tem passado rapidamente como tudo em minha vida, Peeta está ansioso e eu também, ele quer que saia tudo perfeito, mas eu estou nervosa de uma forma diferente, afinal Katniss Everdeen a garota em chamas vai se casar de verdade. Estou deitada em minha cama pensando em tudo que já passei até chegar aqui.
- Como será minha vida depois disso? – Eu me pergunto.
- Eu quero muito que seja feliz comigo Katniss. - Peeta fala na porta do quarto e eu saio dos meus devaneios.
- Você estava me vigiando? – pergunto.
- Não. Estava admirando como você fica linda pensativa. Espero que sejam pensamentos bons sobre nós.
Peeta e suas frases que sempre me deixam desconcertada.
- Peeta você já me faz feliz. Só estou aqui pensando em como será, se mudará alguma coisa depois que a gente estiver casado.
- Algumas coisas vão mudar. – Ele diz com um sorriso malicioso.
- Não estou falando desse tipo de coisa. – Digo corada.
- Você fica mais linda corada do que pensativa.
- Peeta Mellark não seja inconveniente. – Digo e ele solta uma gargalhada.
- É sério, eu quero ser uma boa esposa para você, mas não sei se conseguirei.
- Você será! Não há nada que me faça mais feliz do que ter você ao meu lado Katniss, você não precisa fazer nenhum esforço além de respirar.
- Obrigado, mas eu sei que não sou tão maravilhosa como você diz. Você é bom em tudo Peeta, você é companheiro, gentil, amável, um artista e o melhor de tudo um excelente padeiro. – Digo sorrindo.
- Você só está casando comigo então para ter pães quentes todos dias futura Senhora Mellark? Isso me magoa. – Ele sorri.
- É por isso tudo também, mas o principal é porque Eu te amo.
- Ás vezes acho que estou sonhando quando você diz isso, eu nunca vou me cansar de ouvir, apesar de saber que eu amo mais. – Ele diz se aproximando e me dando um beijo.
- Por que você acha que ama mais? – Interrompo o beijo.
- Porque te amo desde de criança e mesmo depois de terem feito você virar um monstro em minha mente, continuo te amando.
- Eu te amo há muito tempo também, só não tinha me aberto ainda Peeta, eu já te disse isso. Nunca duvide do tamanho do meu amor por você. Entendeu? E eu te amo mesmo depois de você ter dito que eu não era tão bonita e ter falado que roubaria Annie do Finnick.
- Eu não estava raciocinando por mim mesmo, aquilo não conta. Eu jamais me interessaria do jeito que me interessei por você por mais ninguém e eu sempre soube disso.  - Ele volta a me beijar, os beijos de Peeta são como uma droga para mim, eu estou viciada neles e me sinto muito bem com isso.
- Venha temos um casamento para preparar. - Ele pega minha mão e me guia para fora do quarto.
Se fosse anteriormente os preparativos seriam até mais simples aqui no Distrito 12. Uma mulher geralmente aluga um vestido branco que já foi usado centenas de vezes. O homem usa algo limpo que não seja roupas de mineiros. Eles preenchem alguns formulários no Edifício da Justiça e são designados a uma casa. Família e amigos se reúnem para uma refeição e um pedaço de bolo, se eles podem se dar a esse luxo. Mesmo se não puderem, sempre haveria a tradicional música que cantamos quando um novo casal atravessa o solado da porta de sua casa. E temos nossa pequena cerimônia, na qual eles acendem o fogo pela primeira vez, torram um pedaço de pão, e compartilham. Talvez isso seja antiquado, mas ninguém realmente se sente casado no Distrito 12 até torrar o pão. (Em Chamas).
Mas agora, até isso mudou, eu e Peeta já preenchemos os formulários no Edifício da Justiça, mas eu vou usar um dos vestidos de Cinna, meu querido amável estilista, ele fez grandes obras antes de morrer, eu tenho guardado no porão todos os outros que Snow não escolheu antes do Massacre, pelo menos é algo para recordar e me deixar próxima de Cinna, ele faz muita falta. O nosso bolo com certeza será o mais lindo e memorável de todos, meu garoto do pão está empenhado nele, mas ele me disse que será uma surpresa.  
Minha mãe e Effie já chegaram no 12, elas estão me ajudando em tudo, tenho que controlar Effie para que ela não exagere, mas fico feliz de vê-la novamente empolgada com algo que realmente mereça empolgação e não com os jogos vorazes.
Quando minha mãe chegou no 12 a abracei de uma forma que nunca a tinha abraçado antes, tinha muita saudade, mas também tinha alívio por ela cumprir o que prometeu e estar comigo. Lembranças vieram a minha mente e choramos juntas pela primeira vez, nós precisávamos daquilo e foi melhor que tenha se passado algum tempo para sermos mais fortes.
Nos períodos que não estávamos cuidando do casamento, continuávamos trabalhando no livro até finalizá-lo, quando o selamos com sal marinho, tive um certo alívio ao não deixar que pessoas tão importantes fossem esquecidas, após isso prometemos viver bem para fazermos ter valido a pena todos os que  morreram pela revolução, agradeci ao Dr. Aurelius por ter me apoiado com a idéia do livro, ele me ajudou muito a me reerguer e a Peeta também .