Chego em minha casa e digo a Greasy Sae que Peeta virá.
- Que bom Katniss, isso é bom para os dois, acho que
aproximação de vocês ajuda ambos, afinal vocês passaram por muita coisa juntos,
não é verdade? – Ela pergunta.
Demoro um pouco para responder. - Sim é verdade, mas acho
complicado conseguirmos conviver bem, justamente por tudo que passamos juntos.
– Respondo.
- Eu entendo Katniss, mas acho importante que tentem, ou
melhor, que você tente, pois acredito que Peeta sempre quer se aproximar de
você.
No tempo em que fico esperando Greasy terminar o almoço e
Peeta chegar fico pensando em o que Greasy Sae está se tornando para mim, uma
mãe e conselheira. Só parei para refletir em tudo e tentar sair do meu pesadelo
particular depois das coisas que ela me disse.
Ouço alguém bater na porta. Vou abrir.
- Oi Katniss.
- Oi Peeta, entre!
- Olá Graesy Sae, obrigado pelo convite.
- Olá Peeta, é um prazer recebê-lo. Sentem-se na mesa, vou
servi-los.
Sentamos na mesa e começamos a comer, ficamos a maioria do
tempo em silêncio, que só era interrompido por algumas palavras que Greasy e
Peeta trocavam.
- Estava ótimo Graesy Sae. – Diz Peeta.
- Obrigada Peeta.
Também digo que estava muito bom, pelo menos ainda sei
agradecer. Grayse Sae diz que precisa ir para cuidar de algumas coisas na casa
dela. Peeta se oferece para lavar a louça. Ele sabe que não sou muito boa com
essas coisas. Então quando ela se vai ficamos só nós dois.
Sinto-me estranha com essa situação, não sei o que falar com
ele, nunca fui boa com palavras. Fico observando-o enquanto ele lava as louças,
às vezes nossos olhares se cruzam e eu fico sem graça. O silêncio é
interrompido quando Peeta começa a falar.
- Está tudo bem Katniss?
- Sim.
- Você quer terminar aquela conversa de ontem?
- Tudo bem.
- Fico feliz que tenha saído de casa e voltado a caçar acho realmente
que vai ser bom pra você. Quero que saiba que sempre terá meu apoio para o que
precisar. Sei que se sente estranha ao falar comigo, não me esqueci das coisas
que passamos, também me sinto estranho com esta situação, e não quero te ver
chorando novamente como ontem. Ainda tenho meus flashbacks, mas já consigo
saber se a maioria das coisas é real ou não. Repito que nada de ruim que
aconteceu é culpa sua e não quero te ver mal. Nunca vou esquecer as coisas que
você passou por nosso distrito, que tentou me proteger, não vou esquecer da
praia. E se você achar que distanciando de mim você ficará bem, eu vou entender
Katniss. – Ele me diz com uma voz calma, porém triste.
Esta última frase me deixou surpresa, sem jeito e sei lá mais
o quê. Peeta ainda pensa na praia.
Sem perceber grito. – Não! Não Peeta não quero que se afaste.
- Ontem você não quis ficar na minha casa e chorou tanto, achei
que te fiz mais mal, só aceitei o almoço para poder ter oportunidade de dizer o
que sinto.
-É que tudo é muito complicado, você não me faz mal, Peeta,
você estava preocupado comigo e eu nem fui te procurar antes, sinto muito.
- Já disse que entendo Katniss.
- Eu sei Peeta e agradeço por sempre ser tão especial e
companheiro, tão melhor que eu.
- Companheiros como sempre fomos. – Ele diz.
Ele abre os braços e vou de encontro ao seu abraço. Como é
bom sentir seu cheiro, como é incrivelmente reconfortante os braços de Peeta.
Sinto falta quando eles me livraram de meus pesadelos.
- Então realmente não quer que eu me afaste? – Ele me
pergunta.
- Não eu não quero.
O puxo para se sentar no sofá e me encosto em seu peito, ele
me abraça forte.
- Como sonhei com isso novamente. - Ele diz.
- Fico com vergonha, mas acabo dizendo: - Eu também.
Passamos à tarde assim, sentados no sofá, vendo TV, sentindo
a respiração um do outro.
Anoitece e ele me diz pra ir dormir. Não queria deixá-lo ir,
mas ainda não consigo pedir pra que ele fique, ainda acho injusto com ele.
Então ele me dá um beijo na testa e
se vai.
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